segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Flocos de carinho


Havia uma pequena aldeia onde não existia dinheiro. Tudo o que as pessoas precisavam para viver feliz elas obtinham trocando CARINHO umas com as outras, simbolizado por um floquinho de algodão.

Era comum as pessoas darem seus floquinhos sem querer nada em troca, pois sabiam que receberiam outros num outro momento, outro dia.

Uma bruxa, que vivia fora da aldeia, convenceu um garoto a não mais dar seus floquinhos. Desta forma ele seria a pessoa mais rica da cidade e teria tudo o que quisesse. Iludido pelas palavras da malvada, o menino, que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar seus floquinhos e em pouquíssimo tempo sua casa estava repleta deles, ficando até difícil de se mexer ali.

Quando se deu conta, a cidade já não tinha mais CARINHO. E em seu lugar apareceram coisas ruins como a GANÂNCIA, ROUBO, ÓDIO, XINGAMENTO, INDIFERENÇA.

O menino foi o primeiro a sentir-se TRISTE e SOZINHO e foi procurar a velha para dizer-lhe umas boas, mas não a encontrou. Disposto a reparar o mal, pegou uma grande carriola, colocou todos os seus floquinhos nela e caminhou pela cidade disposto a distribuí-lo graciosamente a todos. Mas as pessoas não recebiam CARINHO a tanto tempo que o olhavam com DESCONFIANÇA.

Por fim, conseguiu distribuir todos eles, mas não recebeu nenhum de volta e ficou um dúvida se tinha feito a coisa certa. Foi quando a ESPERANÇA apareceu e disse-lhe que continuasse até que todos voltassem a se lembrar da importância de dar e receber CARINHO. Ao que ele respondeu: - Não tenho mais CARINHO para dar, minha carriola está vazia.

Tem sim, disse-lhe a ESPERANÇA, sua carriola pode estar vazia, mas seu coração, com certeza, está cheio.

- É verdade, disse o menino, já não me sinto mais triste e sozinho, que mistério é esse?

- Ao distribuir CARINHO, você estava semeando uma boa semente, e todos o que semeiam uma semente tão boa como esta, certamente colherão em abundância.

Aquilo que o homem semear, isso também ceifará.
Gálatas 6.7

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Vale de ossos secos


As vezes parece que e tudo tão em vão

Que os frutos nunca vão crescer

Que as flores não vão desabrochar

Que o inverno congelara pra sempre

E o verão queima todos sonhos

E a primavera jamais terá flores de paz

Tantas vezes lamentamos as mãos tão calejadas

Secos! Os pés cansados, já sem força para andar

E do caminho nos perturbamos cada dia mais

E que tudo de que falamos nem pra nos mesmo

Tem real valor

Nem a mais profunda dor nos faz desmaiar

Nem o grito mais alto parece ser ouvido

Parece tudo tão vão

Já viramos pó

A vida se torna um cadáver

Nada mais parece nos levantar viramos um

Vale de ossos secos...


Ezequiel 37,9 E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor DEUS: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam.